Nas matrículas, em agosto e setembro, e na sessão formal de acolhimento, no dia 30 de setembro, a ESEL começou a integrar os novos estudantes. “Abracem este desafio” e “levem daqui os referenciais de excelência e de solidariedade” foram mensagens da Presidente, Professora Doutora Patrícia Silva Pereira.
“Acho que vai ser exigente, mas bom ao mesmo tempo. Estou motivado, é o que quero fazer, ajudar as pessoas ao máximo. Ajudarmo-nos [os estudantes] uns aos outros também; conhecer pessoas da turma. E vou dar o meu melhor. Acho que vai correr bem, mas, claro, vai dar muito trabalho”, disse-nos, na sessão de acolhimento, João Santos, um dos nossos novos alunos.
Uma das colegas que João já teve oportunidade de conhecer, Madalena Teixeira, também revelou as suas expectativas para esta nova etapa: “a nível pessoal, conseguir criar uma boa ligação com os outros estudantes e com a minha turma, para conseguirmos, também, evoluir todos juntos neste curso; e terminar este curso como uma boa profissional e conseguir cuidar de vários pacientes com as várias patologias que eles possam ter.”
No dia em que se matricularam, conhecemos David Pinto e Rita Aires. Rita queria seguir Enfermagem “desde muito pequena”. “Fiquei mesmo na minha primeira opção, por isso estou muito contente e bastante entusiasmada. Uma das coisas que mais gosto de fazer é ajudar as pessoas no seu dia a dia e sinto que com esta profissão estou mesmo a realizar um sonho”, revelou a estudante. David contou-nos que partilhou com a família e amigos a alegria de entrar em Enfermagem. “Sinto-me entusiasmado", afirmou.
Da Guiné-Bissau vieram as estudantes de primeiro ano Ermilita Gomes e Taibo Seidi. No dia 27 de setembro, visitaram a ESEL juntas, guiadas pela Professora Doutora Patrícia Alves, Coordenadora do primeiro ano. Sempre quiseram estudar Enfermagem; estão a viver, disseram, o seu sonho. “Fui muito bem recebida. Espero que corra tudo bem até ao final. (…) Tenho uma tia que fez esse curso, Enfermagem, que sempre me incentiva. Eu já gostava, mas ela sempre me incentiva, fico mais animada ainda”, referiu Ermilita Gomes. Taibo Seidi quer, com a profissão, ajudar o seu povo. “Eles sentem sempre dificuldades da parte da saúde”, explicou.
A proximidade e conexão com o paciente é o que mais se destaca na Enfermagem para David Pinto; para Rita Aires, o facto de o enfermeiro “ser bom ouvinte, mostrar-se presente para a pessoa, estar sempre pronto para ajudar”. João Santos salientou outras características do enfermeiro: “respeitador, amigável, tem que entender a pessoa e ajudá-la naquele momento mais difícil da sua vida”. Empatia, força, preocupação com os outros, paciência e bondade foram outras qualidades apontadas pelos estudantes.
“É mesmo um gosto” recebê-los, disse a Presidente da ESEL, que discursou na mesa de abertura da sessão formal de acolhimento. “Este é o cumprimento da missão da ESEL, é formar pessoas com pensamento crítico que possam melhorar a qualidade dos cuidados de saúde em Portugal. (…) É uma honra para nós poder-vos acolher e ajudar nesta fase da vossa vida. (…) assumimos o compromisso de trabalhar o melhor que sabemos, com as bases mais científicas, mais técnicas, mas também mais humanas.”
Num auditório cheio, a Professora Doutora Patrícia Silva Pereira disse aos alunos do primeiro ano que podem esperar “um corpo docente, portanto, professores e professoras, de pessoas bastante competentes, que apostam na sua formação, qualificadas, exigentes, também, e que procuram na investigação e na sua experiência o fundamento para as matérias que vão ser lecionadas. Podem contar também com um grupo de pessoas com saberes em áreas muito diversas, absolutamente essenciais para a vida académica, para além dos estudantes e professores, que são os assistentes operacionais, os assistentes técnicos, técnicos superiores e dirigentes dos serviços, que trabalham diariamente para assegurar todos os processos que suportam esta instituição. Podem contar com um campus que privilegia uma relação mais amigável com a natureza.”
A Presidente disse aos novos estudantes que a ESEL espera que eles sejam curiosos, participativos, interessados, solidários e que se envolvam na vida da escola, além de respeitadores e cordiais nas relações interpessoais e zelosos do espaço físico, do espaço material e do ambiente natural. “Mesmo aqueles que não optaram pela ESEL como primeira escolha, o nosso desejo é que, ainda assim, encontrem o vosso caminho, seja nesta casa, seja noutra. E não deixem de lutar pelo vosso sonho. Se ficarem connosco, abracem este desafio; se não ficarem, levem daqui os referenciais de excelência e de solidariedade”, acrescentou.
“Lembro que hoje iniciam um percurso de quatro anos de formação de grande exigência e rigor numa escola que tem por missão ser um centro de criação, desenvolvimento, transmissão e difusão da cultura e ciência de Enfermagem e que visa a excelência e a inovação, e que na concretização desta missão estão implícitos alguns valores como a responsabilidade individual e coletiva, a liberdade intelectual, que garante a pluralidade de ideias e de opiniões, a inovação e a excelência, a cooperação, promovendo a articulação com a comunidade, e a cidadania orientada para a solidariedade, a democraticidade e a participação”, disse aos estudantes a Professora Doutora Graça Vinagre, Presidente do Conselho Técnico-Científico, na sessão de acolhimento.
No período das matrículas, a Professora Doutora Patrícia Alves acompanhou os novos alunos num tour pela ESEL. Os estudantes dos outros anos fizeram questão de participar e ajudar os novos colegas desde o primeiro momento. Nos corredores, foram muitos os conselhos, gargalhadas e desabafos. Dos mais velhos aos mais novos, o entusiasmo era visível.
“Não tenham medo de se juntarem aos grupos de integração. Se experimentam um deles e veem que não é para vocês, o outro é completamente diferente e se calhar vão encontrar lá grandes amizades que vão levar para o resto da vida”, aconselhou o estudante de 3.º ano Tiago Coelho, membro da Tuna de Enfermagem de Lisboa. “Todos tocamos e cantamos, mas, ao contrário do que se possa pensar, a tuna não é só a música. Temos muitos outros momentos onde estamos só a divertir-nos como amigos. Por exemplo, este ano atuámos na Suíça.” Se estás interessado, os ensaios são segundas e quartas entre as 17h30 e as 20h.
Gabriel Venâncio (3.º ano), em representação do Grupo de Integração de Estudantes de Enfermagem, explicou que o seu grupo de integração, “durante o ano, organiza sempre convívios, jantares, atividades de integração, jogos, para eles [estudantes de primeiro ano] se conhecerem e conhecerem também as pessoas que já cá estão. Também temos várias cerimónias ao longo do ano, temos aquelas cerimónias do batismo, do traçar da capa, ensinamos também a trajar, quando é que trajamos.” Catarina Curros (2.º ano) disse que querem que os novos estudantes se sintam em casa e que, no grupo, são “uma grande família”.
A união também é forte no grupo de integração Comissão Organizadora Dinamizadora de Atividades de Integração. “Ao longo do ano, fazemos vários tipos de atividades com os novos caloiros. Uma característica muito importante do nosso grupo é que tentamos sempre interligar essas atividades com a prática profissional e imensos valores que uma profissão de Enfermagem deve ter, como a empatia e a solidariedade”, revelou Carolina Perez (4.º ano). “Não é estarmos todos juntos só por estar, mas sim tentar capacitar os novos estudantes para o futuro que vai ser a profissão de Enfermagem e, também, o ensino clínico. (…) É um percurso contínuo que vai do primeiro ao quarto ano”, acrescentou Dinis Cardoso (4.º ano).